quinta-feira, 31 de março de 2011

Nota do D.A. Fafil- FSA em repúdio a agressão homofóbica sofrida por Guilherme Rodrigues.

No dia 23/03 ao sair da faculdade, Guilherme Rodrigues, integrante do CAELL, ativista do movimento LGBT e militante do PSTU, foi até a Rua Augusta- travessa da Av. Paulista- em um posto de gasolina, quando se deparou com um grupo de homens que foi pra cima de um casal homossexual para agredi-los. Na tentativa de defende-los, Guilherme foi espancado, e ao prestar depoimento na Delegacia, os Policiais, como sempre acontece, diante de fatos que atingem os homossexuais, trabalhadores, negros, mulheres e jovens, ou seja, as camadas exploradas e oprimidas da sociedade, nada fizeram. Inclusive se negaram a cumprir sua obrigação de lavrar boletim de ocorrência e apurar os fatos; como se não bastasse ainda ameaçaram dizendo que nada podiam fazer fora da delegacia numa hipotética vingança dos agressores.

Repudiamos mais essa agressão, assim como novamente a impunidade do Estado. Os casais agredidos na mesma Avenida Paulista no ano passado, o assassinato de transexuais como foi o caso de Camile em Campinas, além do jovem negro espancado na Lapa no RJ quando estava num Bar LGB, são exemplos que ao mesmo tempo que existe impunidade e proteção aos agressores, instituições como a Igreja que atenta contra os direitos elementares como o aborto e a união homossexual ganha mais espaço no cenário político. Tenta promover a obrigatoriedade do ensino religioso nas escolas, e consequentemente, uma educação sexual baseada na repressão e opressão. Tudo isso com aval e submissão de Dilma Roussef como foi visto nas últimas eleições presidenciais, em que ela e Serra se posicionaram contra a união de homossexuais.

Desde o D.A. da FAFIL que atualmente estamos na luta contra o machismo e a opressão na Universidade, exigindo a punição dos 2 estudantes que assediaram e agrediram uma companheira do curso de Letras, e denunciando o silêncio da Reitoria sobre o caso. Repudiamos veementemente a  mais uma agressão homofóbica, nos colocamos em solidariedade ao companheiro Guilherme, e fazemos um chamado amplo as entidades do movimento estudantil a impulsionarem um grande campanha pela liberdade sexual, denunciando o papel do Estado Homofóbico e do seu braço direito que é Polícia Militar na manutenção da repressão sexual!

Pelo fim a perseguição aos homossexuais!
Pelo direito ao livre exercicio da sexualidade! Basta de discriminação e violência contra gays, lésbicas, travestis e transexuais nas universidades, locais de trabalho e lazer!
 Abaixo a Violência Policial contra a juventude homossexual!

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